A safra 2022 de trigo já se iniciou em algumas regiões e deverá registrar um crescimento na área plantada, muito por conta do impulso de preços mais altos em meio à guerra na Ucrânia, que deve estimular investimentos na cultura.
Segundo o 9º levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), deverão ser semeados mais de 2,8 milhões de hectares, um incremento de 5,4% na área que será destinada à triticultura no Brasil, em comparação com a safra anterior.
Considerando o cenário atual, o produtor de trigo deve ficar atento aos diversos desafios da lavoura. Dentre eles, destaca-se a competição imposta por plantas daninhas, que pode causar a perda de 62% da produção.
São diversas espécies de daninhas que podem comprometer a produtividade das lavouras de trigo, causando incontáveis perdas econômicas aos produtores. Sendo assim, é necessário conhecer as características das principais invasoras, no sentido de direcionar as melhores tomadas de decisão no que diz respeito ao controle e à proteção do potencial produtivo da cultura.
Afinal, quais os danos causados pelas plantas daninhas ao trigo?
As plantas daninhas competem com a cultura do trigo por água, luz, nutrientes e espaço. Os danos variam conforme a quantidade de invasoras na área, espécies e condições ambientais.
Porém, mesmo após esse período, as daninhas podem prejudicar a cultura servindo como hospedeiras para pragas e doenças. Além disso, a presença dessas plantas pode impactar negativamente a qualidade do cereal e dificultar a colheita.
Conhecer as principais daninhas que afetam a cultura do trigo é essencial para saber o momento correto e as ações necessárias para o controle. Entre as espécies que podem causar grandes danos ao trigo, destacam-se o azevém e a aveia.
Nos últimos anos, ambas aumentaram em ocorrência e densidade populacional, tanto por serem usadas como cobertura do solo na rotação de culturas, quanto pela dificuldade de controle em meio a lavoura de trigo.
De maneira geral, elas possuem características similares ao trigo, além de mesmas exigências nutricionais e ambientais, por isso a presença delas reduz de maneira mais drástica o rendimento da cultura.
Azevém (Lolium multiflorum)
O azevém é uma das plantas daninhas que mais preocupam os triticultores. É herbácea, de porte ereto, perfilhada e se desenvolve no período de inverno. Sua propagação é realizada por sementes.
A presença de azevém na lavoura pode reduzir significativamente a produtividade do trigo, devido à matocompetição. Infestações entre 130 e 750 plantas por metro quadrado, até a maturação do trigo e em cultivares de porte alto, podem provocar redução do rendimento de grãos entre 4% e 22%. Já em cultivares de porte baixo, os impactos vão de 18% a 56%.
Além disso, a daninha também pode interferir no estabelecimento das lavouras por ter efeito alelopático sobre algumas espécies, ou seja, inibe o crescimento do trigo pela liberação de compostos químicos no ambiente.
A redução acentuada da produtividade acontece principalmente quando a matocompetição ocorre nos estádios iniciais da lavoura, o que evidencia a necessidade de controle do azevém logo no começo do desenvolvimento do trigo.
O azevém tem resistência conhecida a vários herbicidas de diferentes mecanismos de ação, tornando o controle dessa daninha em pós-emergência ainda mais desafiador. Por isso, além do estabelecimento da lavoura no limpo, o uso de herbicidas pré-emergentes vem apresentando bons resultados de controle do azevém, sendo essa uma importante ferramenta para o manejo da daninha.
Você sabia?
O azevém é uma gramínea de excelente qualidade, com alta taxa nutricional e muito utilizada na alimentação de gado. Pode atingir de 100 a 120 centímetros e tolera altos níveis de umidade.
Aveia (Avena strigosa e Avena sativa)
Cultivada principalmente na região Sul do país, a aveia tornou-se uma grave infestante para a cultura do trigo. As principais espécies são a aveia-branca (Avena sativa) e aveia-preta (Avena strigosa), ambas apresentam porte ereto, ciclo anual, perfilhos e reproduzem-se por semente.
Além de competir com as plantas de trigo, essa daninha reduz a qualidade comercial da cultura devido à dificuldade de separar os grãos de aveia dos grãos de trigo. Outra característica marcante dessa espécie é que, após o uso contínuo no local, a permanência de sementes saudáveis dessas daninhas pode ser observada por mais de um ano.
No caso da aveia-preta, por exemplo, em infestações de 50 a 100 plantas por metro quadrado, as reduções no rendimento de grãos de trigo são de aproximadamente 8,9 kg/ha para cada planta de aveia presente na área.
Para um manejo eficiente de aveia na cultura do trigo, recomenda-se associar métodos de controle culturais e químicos. É possível, por exemplo, atrasar a semeadura do trigo para o final da época recomendada. Isso irá permitir que a maioria das sementes de aveia presentes no solo germine e, assim, o controle pode ser feito por meio de dessecação pré-semeadura do trigo.
Entretanto, vale destacar algumas dificuldades no controle pós-emergente, principalmente pela grande quantidade de populações resistentes a diferentes mecanismos de ação, sem contar a baixa seletividade de alguns herbicidas usados nesse manejo. Assim, o controle em pré-emergência se mostra cada vez mais eficiente e essencial.
Dual Gold®: o melhor pré-emergente para os piores problemas
Chega de perder espaço para as plantas daninhas de difícil controle! Dual Gold® é o herbicida pré-emergente da Syngenta que apresenta seletividade com efeito residual, impedindo a germinação das sementes que estão no solo.
O herbicida pré-emergente proporciona controle superior, permitindo que o desenvolvimento inicial da cultura aconteça no terreno limpo e evitando a matocompetição inicial em um período crucial para o bom desenvolvimento da cultura.
Outra vantagem é que sua aplicação facilita o manejo na pós-emergência, pois diminui o banco de sementes e simplifica o trabalho nas etapas seguintes do manejo.
Conheça os benefícios de Dual Gold®, herbicida que pega pesado com as daninhas do trigo:
Controle superior: excelente eficácia no controle de azevém na pré-emergência.
Flexibilidade de doses e usos: único pré-emergente com posicionamento em pré e pós-emergência da cultura, ampliando o residual de controle.
Alta seletividade: proporciona o controle das principais plantas daninhas que competem com o trigo, sem prejudicar o desenvolvimento da cultura.
Para obter bons resultados, é necessário considerar tanto a qualidade do produto quanto as práticas adequadas de aplicação. Para um melhor proveito da lavoura de trigo com o uso de Dual Gold®, é necessário seguir as recomendações do receituário e da bula.
Para o manejo pós-emergente no trigo, invista em Topik®
Para um manejo ainda mais completo, o produtor pode contar com Topik®, herbicida pós-emergente seletivo com ação sistêmica, que proporciona o controle das plantas daninhas do trigo.
A solução é indispensável no manejo de gramíneas na cultura do trigo, principalmente para combater aveia e azevém.
A combinação destas ferramentas proporciona um melhor controle das plantas daninhas na cultura do trigo. É recomendável a utilização de Dual Gold® na pré-emergência da cultura, seguida da aplicação de Topik® e Dual Gold® cerca de 25 a 30 dias após a emergência, aumentando o residual de controle, com seletividade e ainda contribuindo para o manejo de resistência.
Para auxiliar o produtor a enfrentar os desafios do campo, a Syngenta oferece um portfólio completo de produtos, com soluções eficientes para todas as etapas da lavoura, a fim de impulsionar o agronegócio brasileiro.
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